sexta-feira, 20 de março de 2009

CURIOSIDADES

Qual a organização hierárquica dos Anjos?


Nos livros mais antigos do Antigo Testamento, os anjos aparecem sem nomes na maioria das vezes. Depois da expulsão de Adão e Eva do Paraíso, este é defendido de nossos primeiros pais pelos Querubins, ministros de Deus. Só uma vez mais aparece a figura de um querubim na Bíblia, na maravilhosa visão que Ezequiel teve e que nos descreve com muitos detalhes (Ez 1), e que em Ez 10 os chama de querubins. A Arca da Aliança era defendida por dois querubins, mas só temos conjecturas de como eles eram. Sugeriram alguns que esses podiam ser, com grande probabilidade, comparados com os touros e leões alados que cuidam dos palácios assírios, e também com os estranhos homens alados com cabeça de falcões pintados nas paredes de algumas de suas construções. Os serafins só aparecem na visão de Isaias 6,6. O termo Arcanjo aparece em São Judas e São Paulo, que nos dá outras listas de nomes das cortes celestiais. Nos diz (Ef 1, 21) que Cristo está acima de todo Principado, Potestade, Virtude, Dominação; e, escrevendo aos colossenses (1,16), diz “porque nele foram criadas todas as coisas, no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, os Tronos, as Dominações, os Principados, as Potestades”. São Paulo usa dois destes nomes para indicar as forças do mal, quando diz que Cristo “despojou os Principados e Potestades... incorporando-os ao seu cortejo triunfal”. Em Daniel (10,12´21) vários anjos estão designados a vários lugares, e que são chamados de seus príncipes, e o mesmo aparece em Apocalipse: “os anjos das sete Igrejas”, ainda que seja difícil dizer qual é o significado preciso deste termo. Geralmente estes sete anjos das sete igrejas são considerados os Bispos que ocupam estas sedes.


O tratado De Coelesti Hierarchia, atribuído a São Dionísio Areopagita, e que exerceu uma grande influência entre os escolásticos, trata com muitos detalhes as hierarquias e ordens dos anjos. Geralmente se considera que este trabalho não pertence a São Dionísio, e que foi escrito alguns séculos depois. Se bem que sua doutrina sobre os coros dos anjos seja aceita na Igreja com grande unanimidade, nenhuma proposição referente às hierarquias dos anjos é dogma de fé. A seguinte passagem de São Gregório Magno (Hom. 34., Evang.) nos dá uma ideia clara do ponto de vista dos doutores da Igreja sobre este ponto: “Sabemos pela autoridade da Escritura que existem nove ordens de anjos: Anjos, Arcanjos, Virtudes, Potestades, Principados, Dominações, Tronos, Querubins e Serafins. Que existem Anjos e Arcanjos em quase todas as páginas da Bíblia, e os livros dos Profetas falam de Querubins e Serafins. São Paulo também, escrevendo aos Efésios, enumera quatro ordens de anjos, quando disse: “sobre todo Principado, Potestade, Virtude e Dominações”, e em outra ocasião, escrevendo aos Colossenses disse: “nem Tronos, Dominações, Principados, ou Potestades”. Se unirmos estas duas listas, temos cinco Ordens, e agregando os Anjos e os Arcanjos, Querubins e Serafins, temos nove Ordens de Anjos.” Santo Tomás (Summa Theologica I:108), seguindo a São Dionísio (De Coelesti Hierarchia, VI, VII), divide os anjos em três hierarquias, cada uma das quais contém três ordens. Sua proximidade ao Ser Supremo serve para esta divisão. Na primeira hierarquia põe aos Serafins, Querubins e Tronos; na Segunda, as Dominações, Virtudes e Potestades; na terceira, a dos Principados, Arcanjos e Anjos.


Fonte: Prof. Felipe Aquino
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TRONUS (latim) é uma das Hierarquias angelicais.

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